terça-feira, 4 de novembro de 2008

Dia 7

Alguns 'troféus', alguns fracassos. Algumas resoluções.

Eu acredito que não adianta nada sem informação. E não adianta se informar uma vez na vida. Porque a informação muda, o mundo muda, as descobertas mudam, há coisas novas para aprender, para estudar, para burilar nosso conhecimento, admitindo erros, admitindo mais informação. O que não quer dizer aceitar tudo que vem pela frente, não, nada disso.

Mas falo em não se entrincheirar atrás de verdades absolutas. Para mim, tudo muda, menos Deus, que não muda nunca. Mas também, né? Ele não tem por que mudar, já que sabe o fim desde o começo.

Mas o resto, principalmente o que tem a ver com pensamento e descobertas humanas, isso sim muda.

Resolvi que vou parar de guerrear tanto. Guerrear no mal sentido, quero dizer, porque fazer a boa luta é algo que não quero nem devo nunca deixar de fazer.
Quando falo em parar de guerrear, me refiro a parar de bater na parede. Porque a parede, minha gente, é forte. E quanto mais se bate, mais forte fica.

Confuso?

Eu explico.

Meu pensamento começou a mudar aos 18 anos, quando entrei para o cursinho e aprendi a questionar. Claro que caí em algumas idéias que hoje considero muito erradas, mas pelo menos comecei a pensar com a própria cabeça.
Enfim.
Aos 23 (ano passado), me converti ao cristianismo (até então, apesar de batizadamente católica, não podia me considerar cristã) e abracei a doutrina adventista. Um abismo começou a se abrir dentro de casa, sobre o qual às vezes se estendem umas pontes, ora bambas, ora firmes. Mas, infelizmente, muitas vezes o abismo está aí.
Este ano, as transformações se fizeram mais profundas e visíveis. Comecei a pesquisar mais sobre vacinas, alimentação, saúde. Nunca fui muito chegada em remédios, em 'drogas legais'. Agüentei e agüento algumas dores de cabeça antes de tomar um analgésico por qualquer coisa. Conheci pessoas que me ajudaram com sua experiência e informação a ampliar meus horizontes e hoje, logicamente, não sou a mesma pessoa. Tudo muda.

Segue amanhã...

Um comentário:

  1. Sabe, Mári, o crescimento acarreta exatamente isso: questionar, querer entender o por quê, rejeitar os moldes prontos. Se somos criaturas independentes, nada mais normal que querer ter independência, inclusive de opiniões. Quando a gente sai da escola e vai pra faculdade é que essa diferença se faz notar com todas as suas cores gritantes, pois ali temos um encontro com uma pequena multidão que está passando pelo mesmo processo de mudança que nós, está na mesma "sintonia"... Daí as pessoas nos olharem de cara virada e criticarem nossas ações, dizendo que estamos mudados... claro que estamos! Crescemos, como todo mundo!
    Eu passei por tudo isso que você passa, compreendo perfeitamente como se sente, pois comigo as mudanças causaram realmente um espanto muito grande porque foi inesperado. Eu sempre fui tímida e calada e aparentemente acomodada com o que me rodeava. Quando dei meu grito de independência todos se espantaram, viram que eu estava viva, que tinha um cérebro e estava começando a usá-lo... Não é agradável ser apontada como a senhorita-criadora-de-caso, mas na minha opinião é essencial que seja assim para nos firmarmos como indivíduos. Se não concordamos, não aceitamos, não queremos seguir... mudamos o curso, a escolha é nossa!
    Acredito que muitas mudanças ainda virão para sua vida e talvez - somente talvez - você não encontre apoio dentro da família num primeiro momento. Mas é natural. Eles a viram crescer e estão acostumados com a Mari de antes. As mudanças causam espanto, principalmente porque as reviravoltas estão sendo gigantescas (como foi no meu caso)e fica difícil pra família entender que a menininha deles escolheu "essas coisas tão diferentes" pra vida dela... Isso não quer dizer que vão deixar de amá-la, apenas que não estão entendendo direito e eles precisam de um tempo pra se acostumar. No fim das contas, tudo se arruma (depois de mais de 15 anos de mudanças, ainda espanto minha família, mas acredito que uma hora isso vai parar, rsrsrsrs) e então é só curtir o gostoso que é ser a gente mesma, ao lado daqueles que nos amam e que nos compreendem - ou não...
    Beijinhos

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